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Hoje, dia 14 de fevereiro, os trabalhadores da segunda maior cidade do estado de Mato Grosso, Várzea Grande, passaram por cima da direção do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Estado de Mato Grosso (SINTEP – Sub sede Várzea Grande) e deliberaram em Assembléia Geral, com mais de 400 trabalhadores, greve por tempo indeterminado até que o pagamento dos salários atrasados seja normalizado.

Há três meses os trabalhadores do município de Várzea Grande estão sem receber seus salários. Muitos não receberam nem o terço de férias e outros estão pagando para trabalhar, pois, de acordo com a prefeitura, o valor referente ao passe está incluso no miserável salário que deveriam receber, sendo que estão a três meses sem salários.

A direção do SINTEP – VG tentou de todas as formas não aprovar a greve. Isso porque a direção do sindicato, filiada a CUT, é ligada a prefeitura, sendo que o secretário municipal de educação é filiado ao PT e é parente de uma das dirigentes do sindicato.

Dessa forma, a primeira movimentação do SINTEP – VG aconteceu só depois que os trabalhadores da educação organizados no coletivo Autonomia e Luta – INTERSINDICAL juntamente com outros trabalhadores independentes pressionaram a direção do SINTEP-VG. Os trabalhadores convocaram a imprensa, acionaram o Ministério Público e foram até a sede do sindicato exigir que o mesmo convocasse uma assembleia para discutirmos o assunto.

Após duas assembleias, um conselho de representantes e um árduo enfrentamento com a direção do SINTEP-VG, conseguimos, enfim, deliberar a greve.

Agora, cabe a nós, organizar a base dos trabalhadores da educação para conseguirmos impulsionar essa greve e fazer com que ela exerça, de fato, uma pressão em cima da prefeitura, para que não tenhamos nenhum direito a menos e possamos avançar rumo a novas conquistas.

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Hoje, 05 de fevereiro, aconteceu uma manifestação organizada pela Frente de Luta pela Revogação da Tarifa. Movimentos sociais, entidades estudantis e sindicatos se reuniram na Praça Alencastro nessa manhã exigindo a revogação do aumento da tarifa. Em meio a palavras de ordem como “É ou não é, piada de salão, tem dinheiro para Copa mas não tem para o busão” e “Se a tarifa não abaixar, olê olê olá, a catraca eu vou pular” os manifestantes demonstram sua insatisfação diante do aumento da tarifa do transporte público.

Na última manifestação realizada no dia 09 de janeiro, uma comissão da Prefeitura Municipal disse que analisaria o processo do aumento da tarifa e que daria uma resposta até o dia 05 de fevereiro.

Durante esse período os veículos de comunicação denunciaram o aumento abusivo da passagem. O jornal Diário de Cuiabá (edição: 14 de janeiro) publicou em primeira página que a tarifa de ônibus subiu 42% a mais que a inflação na década. A reportagem ainda falou dos problemas enfrentados pela população como a superlotação, calor em excesso, atrasos, falta de cobrados e insegurança.

Enquanto a mobilização acontecia na Prefeitura, dois representantes da Frente de Luta estiveram na Câmara Municipal exigindo uma solução imediata. O espaço da Tribuna Livre foi uma conquista dos trabalhadores e estudantes que estiveram organizados contra o aumento da tarifa.

Mesmo mobilizados em frente a Prefeitura, Mauro Mendes não cumpriu o acordo: não deu resposta aos manifestantes mostrando intransigência com a população cuiabana. Raysa Morais, coordenadora do Diretório Central dos Estudantes da UFMT, comentou que a prefeitura teve mais de um mês para rever o processo.

O ato foi encerrado na Praça Alencastro onde as entidades denunciaram o descaso da prefeitura frente ao aumento da tarifa. A Frente de Luta pela Revogação do Aumento da Tarifa continuará organizada contra os ataques feitos pela prefeitura. No dia 14 de fevereiro a Frente vai se reunir no Diretório Central dos Estudantes da UFMT às 19 horas para encaminhar as próximas ações.

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A Frente de Luta contra o aumento da Tarifa esteve hoje (16) pela manhã na Câmara dos Vereadores de Cuiabá. Inicialmente, as entidades presentes entregaram o manifesto produzido pela Frente e em seguida um outro documento direcionado a Câmara, em que exigiam algumas reivindicações.

Nesse documento as entidades reivindicavam a revogação do aumento da tarifa por parte da Câmara, assim como uma ampla discussão sobre o transporte público. Além disso, propunham a necessidade do resgate do relatório final da CPI do transporte e que a Câmara passe a decidir sobre possíveis reajustes da tarifa, ou seja, a alteração da Lei Orgânica do Município (artigo 17).

Sandoval Vieira, servidor público e membro da Intersindical, falou que a Câmara deve discutir os reajustes, pois, é o dever dessa instituição, assim como, resgatar o relatório final da CPI em que constam as irregularidades das planilhas.

Ao fim da reunião ficou acordado que no dia 05 de fevereiro a Frente de Luta terá espaço para utilização da tribuna livre na Câmara. O presidente da Câmara disse que a instituição tem condições de alterar a Lei Orgânica e que fará os tramites necessários. Os vereadores também disseram que farão uma audiência pública para discutir o transporte público.

A Frente de Luta continuará lutando e defendendo uma ampla discussão sobre os reajustes e o transporte público. A luta contra a revogação da tarifa está apenas no início. A ida das entidades à Câmara mostra que a Frente tem lutado em todos os espaços contra a retirada de direitos dos trabalhadores.

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Somos mais de 70 entidades sindicais, estudantis e movimentos sociais contra o aumento na tarifa do transporte público em Cuiabá.

O reajuste sancionado no dia 28 de dezembro de 2012, quando a tarifa subiu de R$ 2,70 para R$ 2,95, traz junto a dificuldade e a exclusão de milhares de trabalhadores do direito de se locomoverem com o transporte público, favorecendo somente os empresários do transporte.

Segundo o estudo “A Mobilidade Urbana no Brasil”, realizado pelo Instituto de Política Econômica Aplicada (IPEA) em 2011, as passagens cada vez mais caras provocaram uma queda de cerca de 30% na utilização do transporte público no Brasil nos últimos dez anos, e em Cuiabá a situação não é diferente.

Para piorar a situação, as empresas de ônibus em Cuiabá não cumprem os contratos: não respeitam os parâmetros de acessibilidade a idosos e deficientes; a maioria dos carros não possui ar-condicionado; os pontos de ônibus, quando existem, são desconfortáveis; e a frota é insuficiente para atender a demanda, sendo constante a superlotação nos ônibus.

Se não bastasse, a CPI do transporte organizada pela Câmara de Vereadores em 2005 constatou que as planilhas de custo utilizadas pelas empresas como justificativa para os aumentos são superfaturadas. Chegando ao ponto do promotor de justiça Alexandre Guedes declarar à imprensa em 2009 que “os dados apresentados pelas planilhas não são confiáveis”.

O relatório da CPI apontou ainda que os empresários do transporte deviam a prefeitura 109 milhões de reais somente com multas de contratos de concessão que não vinham sendo cumpridos, 29 milhões de reais com taxas de outorga e outros impostos que não foram pagos.

Tal situação de descaso foi denunciada em matéria pública no dia 14/01/13 no Jornal Diário de Cuiabá: “Em 10 anos, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços e Mercado (IGPM) foi de 105%. Porém, nesse mesmo período, o preço da tarifa na Capital não acompanhou o ritmo e aumentou 145%, saltando de R$ 1,20 para R$ 2,95. Significa dizer que o aumento da passagem foi 42% acima da inflação. Dentre as capitais brasileiras, o preço da tarifa de Cuiabá é a segunda mais alta do País, ficando atrás apenas de São Paulo”.

O prefeito Mauro Mendes alega que não pode revogar o reajuste porque é preciso cumprir os contratos e diz que o movimento contra o aumento se restringe a estudantes. Então perguntamos: se os empresários não cumprem os contratos, por que haveria a prefeitura de ficar ao lado deles e contra o povo? Se a insatisfação é somente estudantil, por que dezenas de entidades sindicais e de trabalhadores assinam esse manifesto? Mauro Mendes insinua que os trabalhadores estão satisfeitos com o reajuste, mas será esse o pensamento dos milhares que pegam ônibus todos os dias e agora são obrigados a tirar dinheiro do feijão e do pão para conseguir pagar a nova tarifa?

Sabemos que o transporte público é uma concessão sob o poder da prefeitura. O prefeito tem a caneta e o poder em suas mãos e pode revogar o reajuste se assim desejar.

Por esses motivos, nós, trabalhadores e estudantes, exigimos já a revogação imediata do aumento na tarifa do transporte público em Cuiabá!

Frente De Luta Pela Revogação Do Aumento Na Tarifa Do Transporte Público

Assinam:

INTERSINDICAL

CSP-Conlutas

Central Única dos Trabalhadores (CUT-MT)

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)

Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (SINDIMED-MT)

Associação dos Docentes da UFMT (ADUFMAT-SSIND)

Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal (SINDIJUFE-MT)

Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (SINDJOR-MT)

Sindicato dos Servidores do Departamento Estadual de Trânsito (SINETRAN-MT)

Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN)

Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (SINTEP-MT)

Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (SINTRAE-MT)

Sindicato dos Servidores da Saúde e Meio Ambiente (SISMA)

Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro (SEEB-MT)

Associação dos Usuários do Transporte Coletivo (ASSUT)

Associação de Moradores do Bairro Tancredo Neves

Associação dos Moradores do Bairro Canjica

União Nacional dos Estudantes (UNE)

União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES)

Diretório Central dos Estudantes (DCE-UFMT)

Associação Mato-grossense dos Estudantes Secundaristas (AME)

Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG)

Diretório Central dos Estudantes (DCE-UNIC)

Associação de Pós Graduandos da UFMT (APG)

Partido dos Trabalhadores (PT-Cuiabá)

Partido Socialismo e Liberdade (PSOL-Cuiabá)

Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU)

Entidade Nacional de Estudantes de Biologia (ENEBIO)

Coordenação Nacional dos Estudantes de Psicologia (CONEP)

Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal (ABEEF)

Executiva Nacional dos Estudantes de Serviço Social (ENESSO)

Articulação Nacional dos Estudantes de Ciências Sociais (ANECS)

Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (ENECOS)

CA Biologia-UNIC

CA Arquitetura-UNIC

CA Engenharia Florestal-UFMT

CA Psicologia-UFMT

CA Química-UFMT

CA Serviço Social-UFMT

CA Ciências Sociais-UFMT

CA Educação Física-UFMT

CA Eng. Elétrica-UFMT

CA Letras-UFMT

DA Enfermagem-UFMT

CA Pedagogia-UFMT

CA Arquitetura-UFMT

CA Filosofia-UFMT

CA Biologia-UFMT

Grêmio Estudantil E.E. Raimundo Pinheiro

Grêmio Estudantil E.E. Rafael Rueda

Grêmio Estudantil E.E. José de Mesquita

Juventude Marxista (JM)

Movimento Rumo Ao Socialismo (MRS)

Articulação de Esquerda (AE)

Resistência Popular-MT

União da Juventude Socialista (UJS)

Juventude do PT (JPT)

Alternativa Sindical Socialista (ASS)

Coletivo A Voz Da Base (Oposição Correios)

Coletivo Autonomia e Luta

Contraponto

Une Pela Base

Coletivo Rompendo Amarras

Movimento De Que Lado Você Samba?-UFMT

Movimento Reinventar

União dos Negros pela Igualdade (UNEGRO)

União Brasileira de Mulheres (UBM)

Redes Sociais

Dia do Basta

Grupo Lambda (Coletivo LGBT)

MNDH – Movimento Nacional de Direitos Humanos

MAMA – Movimento Articulado de Mulheres de Amazônia

AMB – Articulação de Mulheres Brasileiras

ABHP – Associação Brasileira de Homeopatia Popular

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O ato realizado hoje em frente a sede dos Correios reuniu trabalhadores dos Correios e entidades que prestaram solidariedade ao ecetista Alexandre Aragão e aos trabalhadores que são assediados em seu local de trabalho.

Edmar Leite, diretor da FENTECT, disse que a perseguição ao ecetista não é um caso isolado, mas sim, uma perseguição aos trabalhadores que participam das greves e mobilizações da categoria.

Eduardo Matos, membro da Intersindical, ressaltou que os trabalhadores – nas mais diversas categorias – sofrem com o assédio e são tratados como “escravos”, e portanto, devem se organizar contra esses ataques.

Estiveram presentes também representantes do Diretório Central dos Estudantes, Comitê em Defesa da Saúde Pública, Sindicato dos Trabalhadores do Detran, Esquerda Marxista, Une pela Base entre outros.

Durante o ato, os trabalhadores ecetistas que estavam presentes foram fotografados por pessoas no prédio da empresa. Mesmo assim, os trabalhadores não se intimidaram e continuarão a luta contra a perseguição e racismo.

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Hoje foi realizada uma manifestação em frente a Prefeitura Municipal de Cuiabá. Cerca de 400 trabalhadores, estudantes e movimentos sociais estiveram presentes denunciando o aumento abusivo da tarifa que passou de 2,70 para 2,95, aumento esse aprovado no fim de ano em um conselho “fantasma”.

Em meio as palavras de ordem “É ou não é, piada de salão, tem dinheiro para Copa mas não para o Busão” e “Recua, Mauro Mendes, Recua! O poder popular está na rua” mais estudantes e trabalhadores se aglomeraram em frente a prefeitura.

O carro de som alugado pelos manifestantes foi proibido de circular pelo local. Porém, mesmo sem carro de som, os estudantes e os trabalhadores fizeram ecoar suas vozes pelo centro de Cuiabá.

Após várias palavras de ordem, uma comissão composta de 10 entidades entrou para negociar a pauta com a Prefeitura. O prefeito eleito Mauro Mendes estava ausente, mesmo sabendo que a manifestação aconteceria nesta data, pois, toda a imprensa já havia divulgado o ato.

Na negociação o Secretário de Governo, Secretário de Transporte e o Procurador do Município se comprometeram, após forte mobilização, a rever o processo em que foi homologado o aumento da tarifa com o prazo de até 05 de fevereiro. 

A Câmara Municipal pode criar um lei mudando o valor da tarifa pelo valor anterior, portanto, o outro alvo dos manifestantes será a Câmara. O comprometimento da prefeitura demonstra que o movimento de luta encampado pelos manifestantes foi decisivo.

Mesmo com o prazo da Prefeitura, os manifestantes continuaram organizados. Somente a mobilização e a luta poderão garantir conquistas reais para os estudantes e os trabalhadores.

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O trabalhador ecetista Alexandre Aragão, que trabalha no CDD Cuiabá (Mato Grosso) tem sofrido perseguição, assédio moral e discriminação racial dentro da ECT. Aragão é conhecido pelos enfrentamentos, participação em greves e pela defesa irrestrita das reivindicações da classe trabalhadora.

Contra o trabalhador foram abertas duas sindicâncias e dois SID (Solicitação de Informação de Defesa), pois, o ecetista se manifestou favorável a greve de 2012 denunciando os abusos da empresa. Além disso, Aragão foi chamado de “macaco king kong” por um representante do sindicato, mostrando claramente que o Sindicato não está do lado dos trabalhadores.

Diante de tais acontecimentos, será realizado um Ato Contra a Perseguição ao Ecetista Aragão no dia 11 de janeiro, em frente a sede dos Correios na Praça da República às 07h30m. Abaixo a perseguição política! Pela livre organização dos trabalhadores!

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Eduardo Anicésio de Matos*

Desde 28 de Dezembro os usuários do transporte público de Cuiabá estão sendo obrigados a pagar uma tarifa de 2,95 centavos.  Esse foi o presente de despedida do então prefeito Chico Galindo. Mais uma vez tal aumento acontece na calada da noite, pegando a população cuiabana de surpresa.

Os problemas no transporte público de Cuiabá e Várzea Grande são antigos, pois, não é de hoje que os trabalhadores têm que utilizar um transporte de má qualidade, sem ar condicionado, super lotados e com uma tarifa caríssima. Entra governo, sai governo e parece que o compromisso dos prefeitos eleitos é atender aos interesses dos empresários, ao invés da população.

O atual prefeito Mauro Mendes tem a chance de fazer diferente dos seus antecessores, embora o seu silêncio frente ao atual aumento da tarifa, nos leve a crer que suas atitudes sobre tal problemática não serão tão diferentes dos demais. Mais uma vez a população terá que recorrer às mobilizações para terem seus direitos respeitados e não acabem literalmente tendo que pagar o “pato”.

Dessa forma a iniciativa de mais de 40 entidades no ultimo dia 3 de janeiro em lançar uma frente pela revogação do aumento da tarifa e um conjunto de ações para concretizar esse objetivo é de suma importância, pois, são iniciativas como essa que podem forçar as autoridades a fazerem alguma coisa a favor da população. Foi assim em 2005, em que a Câmara Municipal de Cuiabá pressionada com a mobilização popular organizada pelo CLTP (Comitê de Luta pelo Transporte Público) foi obrigada a abrir a CPI do transporte, a qual possibilitou a população a ter o mínimo de noção de quanto estava sendo roubada.

O relatório final da CPI apresentado em Dezembro de 2005 demonstrou que o valor da tarifa que era 1,60 naquele ano estava super faturada e que o valor correto deveria ser de 0,81 centavos. Tal relatório apontava ainda que os empresários do transporte deviam a prefeitura 109 milhões de reais somente com multas de contratos de concessão que não vinham sendo cumpridos. Apontava ainda uma divida de 29 milhões de reais com taxas de outorga e outros impostos que não foram pagos.

A “balela” contada hoje pelos empresários do transporte para justificar o aumento da tarifa com gastos em pneus, combustível e renovação de frota foi amplamente desmascarada pela CPI que demonstrou divergência nos números apresentados pelos empresários dos transportes e a Secretária Municipal de Transporte. Uma dessas divergências se refere ao preço dos pneus onde em 2003 as empresas apontavam um custo de R$ 851 na planilha e compraram o produto a R$730 reais, sendo assim, uma redução de 16,57% no custo. Já no preço do óleo diesel a diferença paga pelas empresas e o que foi apresentado na planilha foi 29% menor, apontavam os documentos apresentados pela CPI de 2005. Outro dado informado de maneira equivocada pelos empresários foi que o número de passageiros. Onde eles informavam que havia 4,6 milhões de passageiro ao mês, na realidade existia 5,9 milhões de passageiros, o que reduz ainda mais a tarifa.

Mesmo tendo esse arsenal de informações, as autoridades competentes nada fizeram para que a sangria aos cofres públicos fosse parada. Hoje encontramos na mesma ou até pior situação de 2005.

Até quando as autoridades fecharam os olhos pra esse roubo? Essa é uma pergunta que fica sem resposta. Porém o atual prefeito que acabou de assumir e diz não “querer decepcionar a população cuiabana” tem o dever de remexer o que foi “varrido para debaixo do tapete” e desde já revogar o aumento da tarifa de ônibus. Isso é que espera a população. Caso contrário, Senhor Mauro Mendes e demais “representantes” do povo como os vereadores de Cuiabá, podem ter a certeza que durante todo o ano serão visitados com as tão importantes manifestações populares.

*Eduardo Anicésio de Matos é Servidor Público, militante da Intersindical e atuou no CLTP de 2005 a 2009.

No dia 03 de janeiro ocorreu uma reunião convocada pelo Diretório Central dos Estudantes da UFMT para discutir o aumento da tarifa do transporte público na capital de Mato Grosso que foi de 2,70 para 2,95.

A insatisfação com o reajuste justamente no final do ano, implantado pela prefeitura, mobilizou estudantes, trabalhadores, entidades e movimentos sociais que discutiram a necessidade de construírem uma unidade pela revogação da tarifa. Na reunião foi construída uma nota de repúdio contra o aumento, além de, uma manifestação organizada pelos segmentos.

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Confira a nota abaixo:

Nós, entidades sindicais, estudantis e movimentos sociais, reunidos no dia 03 de janeiro de 2013 na sede do DCE-UFMT, repudiamos o aumento da tarifa de ônibus em Cuiabá, que entrou em vigor no dia 28 de dezembro de 2012.

Esse aumento trata-se de um duro golpe na democracia, pois foi decidido na calada da noite, sem divulgação e consulta à população, lembrando os piores momentos da ditadura militar.

O aumento na tarifa significa a exclusão de milhares de trabalhadores do direito de se locomover com o transporte público. Uma atitude política que só favorece os empresários do transporte.

Sabemos que o prefeito eleito, Mauro Mendes, pode reverter essa situação se assim quiser, por isso exigimos já a REVOGAÇÃO DO AUMENTO DA TARIFA e um transporte público de qualidade.

Assinam:

Diretório Central dos Estudantes UFMT (DCE/UFMT)

Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)

Diretório Central dos Estudantes UNIC (DCE-UNIC)

Associação dos Docentes da UFMT (ADUFMAT-SSIND)

Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (SINDIMED-MT)

Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal (SINDIJUFE-MT)

Sindicato dos Servidores do Departamento Estadual de Trânsito (SINETRAN-MT)

Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN),

Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT)

PT-Cuiabá

PSOL-Cuiabá

Intersindical

Entidade Nacional de Estudantes de Biologia (ENEBio)

Coordenação Nacional dos Estudantes de Psicologia (CONEP)

Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal (ABEEF)

Executiva Nacional dos Estudantes de Serviço Social (ENESSO)

Articulação Nacional dos Estudantes de Ciências Sociais (ANECS)

Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos)

CA de Biologia-UNIC

CA Eng. Florestal-UFMT

CA de Psicologia-UFMT

CA de Química-UFMT

CA de Serviço Social-UFMT

CA de Ciências Sociais-UFMT

CA de Educação Física-UFMT

CA de Eng. Elétrica-UFMT

Diretório Acadêmico de Enfermagem-UFMT

CA de Letras-UFMT

Alternativa Sindical Socialista (ASS)

Movimento Rumo Ao Socialismo (MRS)

Juventude Marxista (JM)

Resistência Popular-MT

Contraponto

Articulação de Esquerda (AE)

Coletivo Autonomia e Luta

Une Pela Base

Coletivo Rompendo Amarras

Coletivo A Voz Da Base (Oposição Correios)

Diretor de Movimentos Sociais da UNE (Sandoval V. Silva)

Redes Sociais

Dia do Basta

Eduardo Anicésio de matos*
fefeef“Ousar lutar, Ousar vencer quando a regra é se vender”. Este grito soltado logo após a confirmação da vitória da chapa 1 na eleição da ADUFMAT sintetiza muito bem o significado dessa vitória. Afinal, muitos já davam como certa a vitória da chapa 2 inclusive no próprio campo da esquerda.
O que eles não sabiam é que a força e a organização da classe podem ser maiores que os aparatos, sejam eles do governo, dos partidos ou da administração superior da universidade. Algo novo aconteceu nessa ultima greve das Universidades Federais. As conquistas econômicas não chegaram ao patamar esperado, entretanto, a maior vitória nesse processo foi o envolvimento de velhos e novos docentes no processo de luta em defesa da universidade e de suas carreiras. Tal processo colocou claramente para essa categoria que em momentos de enfrentamento não podem abrir mão de seu sindicato e que para conseguir vitórias era preciso retomar e fortalecer o seu instrumento de luta.
Foi analisando esses novos apontamentos que nós da INTERSINDICAL nos envolvemos com toda nossa força nessa eleição para ajudar a eleger a chapa que representava o sentimento de mudança dessa categoria. O resultado não poderia ser outro. Enquanto o PROIFES apostava na desmobilização e nos votos de “cabresto” que a Reitoria poderia lhes trazer, nós apostamos em garantir o processo com a maior participação possível, pois, sabíamos que se os professores fossem as urnas “ouviríamos suas vozes”.
E o recado deixado nas urnas é recheado de significados. Mesmo obtendo apenas 9 votos a mais, essa diferença não tira a legitimidade da chapa que lutou contra a corrente o tempo todo e mesmo atuando em condição desigual consegue uma vitória que para muitos era visto como impossível. A verdade é que os professores que foram as urnas sabiam que ali estavam dois projetos distintos: os que defendiam o Andes e a autonomia do movimento Sindical e os que defendiam o PROIFES e o sindicalismo oficial e de gabinete.
Outra lição que essa eleição nos deixou foi que o envolvimento de outras categorias no processo eleitoral – trabalhadores dos correios, técnicos da universidade, trabalhadores da educação básica, estudantes e vários outros – contribuíram com a construção de um novo momento no sindicalismo Mato Grossense. Sabemos que o caminho é estreito e difícil, mas vimos que é possível.
Nesse sentido é hora de tirar as lições, manter a unidade na luta e conseguir novas vitórias para o conjunto dos trabalhadores. Outras eleições já se apontam e estaremos em breve enfrentando novamente os mesmos pelegos que enfrentamos na Adufmat, porém, agora sabemos que é possível vencer os aparatos. Basta pra isso apostar na nossa unidade, organização e mais do que isso acreditar em nossa classe. Novos ventos sopram no sindicalismo de Mato Grosso. Seguimos firmes fazendo a história.
*Eduardo Anicésio de Matos é servidor público e militante da INTERSINDICAL